A distribuição desta espécie é ampla e abrange a maior parte do território nacional, mas apresenta algumas descontinuidades, especialmente nas regiões onde a ocupação humana é menor, como certas áreas remotas do interior e algumas zonas densamente florestadas. No entanto, durante o dia, as aves podem ser observadas a grande distância dos seu locais de criação em busca de alimento, em zonas com grande abundância de insetos. Trata-se de uma espécie muito gregária, formando grandes bandos, tanto em alimentação, como em migração. Nidifica quase exclusivamente em construções humanas, particularmente em beirais de casas, depósitos de água, pontes e barragens. Trata-se de uma ave colonial, que constrói ninhos isolados.
A chegada das andorinhas-dos-beirais ao sul do país acontece durante o mês de fevereiro. Tal como outras espécies migradoras, a sua chegada acontece mais tarde no norte e centro do país, geralmente entre o final de março e o início de abril. A maioria das aves regressa a África no final de setembro. A dieta desta espécie é composta, quase exclusivamente por insetos voadores, em particular afídeos e moscas. As colónias são frequentemente destruídas pelo ser humano, contudo as aves voltam a construir os ninhos, no ano seguinte, geralmente no mesmo local.
(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)