Esta petinha é, sem dúvida, uma das espécies de aves mais comuns de Portugal Continental, durante o inverno. É mais frequente no Sul apresentando-se em menor número nas serras e planaltos do Norte e Centro.
Encontra-se em todo o tipo de habitats, desde que não demasiado densos, do alto das montanhas até à beira do mar. É particularmente abundante em pastagens, margens de zonas húmidas, restolhos de arroz, incultos e terrenos lavrados. Observa-se, sobretudo, de forma isolada, ou em pequenos bandos, podendo surgir associada a outras espécies, como as lavercas. No Norte, as primeiras petinhas-dos-prados migradoras surgem em setembro, sendo a passagem migratória mais intensa em outubro e novembro.
A maior parte das petinhas-dos-prados parte de regresso aos locais de origem entre fevereiro e março. As aves invernantes têm origem numa vasta área que se estende desde a Islândia e Ilhas Britânicas até à Rússia, passando pela Europa Central e pela Escandinávia.
A dieta desta petinha é constituída por invertebrados e por algumas sementes.
(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)