A biodiversidade compreende a totalidade da variedade de vida existente no planeta, englobando desde componentes genéticos e microrganismos até complexos ecossistemas, como florestas e recifes de coral. Constitui um elemento fundamental para a manutenção da vida humana, sendo responsável pelo fornecimento de inúmeros recursos indispensáveis à nossa sobrevivência, além de garantir o equilíbrio e a resiliência dos sistemas naturais.
Atualmente, a natureza enfrenta uma crise sem precedentes. As Nações Unidas, estimam que aproximadamente um milhão de espécies estejam ameaçadas de extinção, muitas delas nas próximas décadas. Ecossistemas insubstituíveis, como algumas regiões da floresta amazónica, têm sofrido degradações severas, passando de sumidouros a emissores de carbono, consequência da intensa desflorestação. Adicionalmente, cerca de 85% das zonas húmidas globais, fundamentais para a absorção de carbono, já foram destruídas. O principal motor da perda de biodiversidade continua a ser o uso da terra pelos seres humanos, especialmente para fins agrícolas. De facto, mais de 70% das áreas terrestres livres de gelo já foram significativamente modificadas pela atividade antrópica.
Conservar espaços naturais, tanto em terra como na água, é essencial para limitar as emissões de carbono e para nos adaptarmos a um clima já em mudança. O restauro dos ecossistemas e da biodiversidade a eles associada é essencial para permitir alcançar as metas de redução de gases com efeito de estufa na atmosfera, durante as próximas décadas.
A Mota-Engil ATIV tem integrado, nos seus projetos de reflorestação e sequestro de carbono, medidas específicas voltadas para o restauro de ecossistemas terrestres e aquáticos. Estas ações visam promover a reconstrução das funções ecológicas e a recuperação das cadeias tróficas nas áreas intervencionadas, contribuindo, assim, para a resiliência e sustentabilidade dos sistemas naturais afetados.
Mais de 80 % dos habitats europeus encontram-se em mau estado. Em 22 de Junho de 2022, a Comissão Europeia propôs o Regulamento Restauro da Natureza com o objetivo de contribuir para a regeneração a longo prazo para alcançar os objetivos da UE em matéria de clima e biodiversidade, bem como para cumprir os compromissos internacionais da União, nomeadamente o Quadro Mundial das Nações Unidas para a Biodiversidade de Kunming-Montreal.
Para alcançar os objetivos globais da União, os Estados-Membros devem restaurar, pelo menos, 30 % dos habitats abrangidos pela nova legislação até 2030, aumentando para 60 % até 2040 e 90 % até 2050.
O restauro dos ecossistemas pode dar um contributo importante para a manutenção, gestão e reforço dos sumidouros naturais e para o aumento da biodiversidade. Dispor de um grande número de ecossistemas ricos em biodiversidade conduz a uma maior resiliência às alterações climáticas e proporciona formas mais eficazes de redução e prevenção de catástrofes.
Em concordância com esta posição, a Mota-Engil ATIV tem vindo a incorporar, nos projetos de reflorestação e sequestro de carbono, medidas de restauro de ecossistemas terrestes e aquáticos de modo a contribuir para a reconstrução e restauro das funções ecológicas e cadeias tróficas das zonas intervencionadas.
É realizada a inventariação e monitorização da biodiversidade dos locais a intervencionar. O principal objetivo destas ações de campo é realizar um primeiro levantamento das espécies existentes no local e o posterior acompanhamento e monitorização ao longo da duração dos projetos em curso, desenvolvimento de relatório, definição de um plano.
No âmbito dos projetos ATIV CARBON, é realizada a inventariação e monitorização da biodiversidade dos locais a intervencionar. O principal objetivo destas ações de campo é realizar um primeiro levantamento das espécies existentes no local e o posterior acompanhamento e monitorização ao longo da duração dos projetos em curso.
A compilação sistemática de dados sobre a biodiversidade existente na área de intervenção constitui uma ferramenta essencial para a avaliação do estado de conservação dos ecossistemas e habitats-alvo. Esta base de informação permite a identificação de prioridades de conservação e a definição de estratégias de restauro e manutenção ambiental de forma cientificamente fundamentada. Assim, as decisões relativas às medidas a implementar são tomadas de maneira mais consciente, maximizando a eficácia ecológica e assegurando a sustentabilidade a longo prazo das intervenções propostas.
A preservação e conservação dos habitats presentes é valorizada e as intervenções realizadas visam garantir a manutenção da biodiversidade local, além de promover a colonização de novas espécies. Para isso, são construídos, por exemplo, charcos temporários, instalados hotéis de insetos e caixas-ninho para aves. Também o restabelecimento de uma maior conectividade ecológica é tido em conta através de sementeiras de prados floridos – essenciais para a conservação dos polinizadores e de zonas cerealíferas – importante fonte de alimento para aves e mamíferos.
Depois de avaliado e analisado o resultado do processo de inventariação de biodiversidade é possível compreender o estado de conservação do local e realizar ações que visem melhorar as condições ecológicas da área de projeto.
A preservação e conservação dos habitats presentes é valorizada e as intervenções realizadas visam garantir a manutenção da biodiversidade local, além de promover a colonização de novas espécies. Para isso, são construídos, por exemplo, charcos temporários, instalados hotéis de insetos e caixas-ninho para aves. Também o restabelecimento de uma maior conectividade ecológica é tido em conta através de sementeiras de prados floridos – essenciais para a conservação dos polinizadores e de zonas cerealíferas – importante fonte de alimento para aves e mamíferos.
Além disso, é essencial envolver a comunidade local e escolar nos projetos, dando-lhes a conhecer as medidas implementadas e a biodiversidade existente, através da realização de saídas de campo, ferramenta fundamental na mobilização das pessoas para a valorização do território.
O processo de monitorização contínua é essencial para avaliar a eficácia das medidas de restauro e melhoria dos ecossistemas implementadas. A monitorização é realizada de forma periódica, permitindo a identificação de eventuais necessidades de ajustes. Ao longo do ciclo de vida do projeto, as ações de intervenção podem ser reavaliadas e reestruturadas, com o objetivo de melhor acompanhar e responder à dinâmica evolutiva dos ecossistemas restaurados.
A monitorização contínua ao longo do tempo é fundamental para avaliar a eficácia das medidas implementadas nos projetos de restauro e melhoria dos ecossistemas. Este processo é realizado de forma periódica, possibilitando a identificação de desvios em relação aos objetivos estabelecidos e a necessidade de ajustes nas estratégias adotadas. Durante o ciclo de vida do projeto, as ações de intervenção são sistematicamente reavaliadas e, sempre que necessário, reestruturadas, de modo a incorporar a evolução dinâmica dos ecossistemas e maximizar a eficiência dos resultados de conservação.