Phoenicurus ochruros

Reino: Animalia
Classe: aves
Estatuto de conservação:
Pouco Preocupante (LC)

Este rabirruivo é comum e residente em toda a metade norte do território nacional e ainda na costa rochosa a Sul de lisboa. É raro, ou está ausente como nidificante, na maior parte do Alentejo interior e do Algarve. No Outono e no Inverno, as populações nacionais são reforçadas por migradores vindos do Norte e, nessa época, a espécie torna-se relativamente comum em todo o país, mesmo nas áreas onde não nidifica. É comum na generalidade das povoações do Norte e Centro do país, enquanto no Sul surge principalmente em arribas costeiras. Na serra da Estrela nidifica mesmo nas zonas mais elevadas.

Os rabirruivos-pretos constroem os ninhos em cavidades de escarpas, no interior de grutas, em taludes ou em construções humanas de diversos tipos, não sendo raro fazerem-no dentro de casas, abandonadas ou não, de onde possam entrar e sair livremente. Ainda que a espécie possa cantar em todos os meses do ano, os cantos nupciais começam a ouvir-se mais regularmente em fevereiro, intensificando-se em março e prolongam-se por toda a Primavera. No Outono e no Inverno, os machos também fazem ouvir o seu canto, com alguma frequência, nos locais onde são residentes. É provável que as populações nacionais sejam principalmente residentes, mas nas zonas de montanha, o rabirruivo-preto torna-se escasso, durante o Inverno. Os migradores invernantes têm origem na Europa Central e Ocidental.

A dieta desta espécie é dominada por pequenos invertebrados, capturados sobretudo no chão, em edifícios ou em substrato rochoso; por vezes as aves também consomem frutos ou bagas.

(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)

Projetos onde a espécie foi identificada