O pardal-comum distribui-se por todo o território continental. Parece ser mais abundante no litoral, coincidindo com as regiões mais urbanizadas do país, embora possa ser localmente numeroso no interior.
Encontra-se associado à presença humana, sendo por isso observado nas imediações de zonas habitadas, tanto em meios urbanos, como em ambientes rurais. Evita os andares superiores das serras, embora isso possa dever-se à escassa ocupação humana nessas zonas e, consequentemente, à falta de locais de nidificação e alimentação. Durante a época de nidificação é normalmente escasso em áreas sem habitações humanas.
A partir do Verão, forma grandes dormitórios em árvores, por vezes em parques, jardins ou avenidas, que podem albergar milhares de indivíduos. A época de reprodução do pardal-comum pode ter início em fevereiro, no Sul do país, no entanto a maioria das posturas faz-se mais tarde, entre abril e maio. A espécie nidifica nos mais variados suportes, tais como edifícios, postes de eletricidade, árvores e ninhos de cegonha-branca.
É geralmente considerado sedentário, contudo, a informação disponível permite afirmar que a espécie realiza alguns movimentos, de amplitude desconhecida. Nas zonas urbanas, os pardais encontram alimento um pouco por toda a parte. Durante a época de nidificação, a matéria de origem animal está bem representada na alimentação de adultos e crias.
(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)