Parus major

Reino: Animalia
Classe: aves
Estatuto de conservação:
Pouco Preocupante (LC)

O chapim-real parece ser abundante de Norte a Sul do território. É claramente menos comum nas zonas de maior altitude, particularmente acima dos 1000 metros, embora possa ocorrer bastante acima desta cota. É uma espécie essencialmente arborícola, que ocorre em quase todo o tipo de bosques, sendo particularmente frequente nos de folhosas. Aprecia igualmente matas de resinosas, nomeadamente pinhais. A espécie é muito vocal e apresenta um reportório variado, emitindo diversos sons ao longo de todo o ano. Aliás, muitos dos mais de cinquenta nomes vernáculos portugueses desta espécie são onomatopaicos. O canto dos machos começa, em finais de setembro e vai ganhando consistência ao longo do Outono, para poder ser ouvido de janeiro até meados de junho.

O chapim-real nidifica, geralmente, em cavidades nas árvores, que, no caso dos olivais, podem estar apenas a 1 metro do solo. Também ocupa facilmente caixas-ninho. As populações que nidificam em Portugal são essencialmente residentes, mesmo em zonas serranas. As populações do Norte da Europa empreendem, irregularmente, movimentos irruptivos, envolvendo grande número de aves, algumas das quais podem, por vezes, alcançar o nosso país.

A alimentação do chapim-real compreende uma grande variedade de insetos, especialmente borboletas e escaravelhos, bem como aranhas; pelo menos em alguns países europeus, inclui também uma proporção significativa de frutos e sementes, durante o Inverno.

(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)

Projetos onde a espécie foi identificada