A distribuição desta espécie abrange praticamente todo o território continental português. Ao contrário da maioria dos outros fringilídeos nacionais, o pintarroxo é uma ave de espaços abertos, com poucas ou nenhumas árvores. Ocorre tanto em terras baixas pouco acidentadas, como em zona de montanha, frequentando, neste caso, formações arbustivas e também áreas cultivadas. O canto do pintarroxo faz-se ouvir especialmente de março a junho. Durante o Inverno, a partir do final de dezembro, é frequente ouvirem-se machos a cantar em conjunto, numa época em que se movimentam sobretudo em bandos.
Embora esta espécie seja normalmente considerada residente, sabe-se que as aves que ocorrem em Portugal durante a Primavera e o Verão efetuam movimentos de alguma amplitude. As terras altas do Norte e Centro, onde os pintarroxos são abundantes, são parcialmente abandonadas durante a época fria.
Por outro lado, não há dúvidas de que a Península Ibérica recebe indivíduos migradores, oriundos de diversos países europeus. A espécie alimenta-se de sementes, de pequena ou média dimensão e captura menos invertebrados do que a maioria dos outros membros da sua família.
(CATRY, Paulo; COSTA, Hélder; ELIAS, Gonçalo; MATIAS, Rafael – AVES DE PORTUGAL: Ornitologia do território continental. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.)